quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O amor fati:

Em Nietzsche
Para Nietzsche, "amor fati" é amar ao inevitável, amar o destino, amar o justo e o injusto, o próprio amor e o desamor. Ou seja,"ser, antes de tudo, um forte", sem se reclamar da vida, sendo indiferente ao sofrimento. Uma retomada do antigo pensamento grego dos filósofos estóicos.
O Amor fati foi usado por Nietzche para representar a "fórmula para a grandeza do homem" e que significa:
"Não querer nada de diferente do que é, nem no futuro, nem no passado, nem por toda a eternidade. Não só suportar o que é necessário, mas amá-lo".
O termo aparece varias vezes em A Gaia Ciência, mas é neste trecho em particular citada de forma mais clara:
"Quero cada vez mais aprender a ver como belo aquilo que é necessário nas coisas: - assim me tornarei um daqueles que fazem belas as coisas.
"Amor fati (amor ao destino): seja este, doravante, o meu amor. Não quero fazer guerra ao que é feio. Não quero acusar, não quero nem mesmo acusar os acusadores. Que minha única negação seja ‘desviar o olhar’! E, tudo somado e em suma: quero ser, algum dia apenas alguém que diz sim."

Na renascença italiana
O Amor Fati pode ser utilizado para a aceitação virtuosa e serena do destino (fado no sentido de predição, oráculo) que Deus reservaria a cada um dos seres. Como exemplo ideal em Cristo por sua vida dedicada aos desígnios de Deus, em sua reserva e força para com a paixão e seu fim trágico na crucificação.