quinta-feira, 15 de julho de 2010

O Ódio

O ódio gasta a lentidão das horas
Abrindo fendas no clamor das preces;
E ri das dores onde a vida chora
E tanto fere que de si padece...

O ódio vive de morrer de fúria
Cravando as unhas onde a calma sonha;
E tanto goza a propalar injúrias
Que sorve a raiva pra beber peçonha.

O ódio fia cada nova teia
Com toda mágoa que retém nas veias,
Ferindo a paz para gozar a dor.

E tanto insano quanto corrosivo
Embora finja ter outros motivos...
O ódio sofre por não ser amor.

(Vaine Darde)

Nenhum comentário:

Postar um comentário